Author: Sara Almeida

Nutrição e Sistema Imune

A nutrição e sistema imune bem como os seus efeitos e consequências são dos temas mais abordados nos últimos tempos, neste momento de tanta importância para o país e para o mundo, em que enfrentamos uma nova realidade e vemo-nos a braços com um vírus novo. (veja o nosso ebook gratuito sobre este assunto: https://nutri4solutions.com/e-book-gratuito-marco-2020/ ) Importante referir que não existe qualquer evidência no sentido de cura ou prevenção da infeção por COVID através da alimentação. O que será abordado é a alimentação para manutenção e/ou melhoria do sistema imune no geral, sendo que um sistema imune bom poderá ter algum impacto na forma como o organismo reage à infeção ou até alguma influência na gravidade dos sintomas. Nutrição e Sistema Imune: Aspetos nutricionais mais relevantes no que diz respeito à manutenção e melhoria do sistema imune O corpo humano é extremamente complexo e, de forma alguma, seria justo colocar o

Dieta do Paleolítico – em que consiste?

A Dieta do Paleolítico foi uma teoria inicialmente proposta pelo Dr. Loren Cordain, é atualmente um regime alimentar bastante popular e procurado. Mas afinal, em que consiste? Baseia-se na ingestão de alimentos naturais sem qualquer tipo de processamento, os quais, segundo o mesmo, o homem foi originalmente “programado” a comer. A questão dos alimentos processados já foi abordada anteriormente no artigo “Produtos Embalados: Sim ou Não?” (ver artigo aqui: https://nutri4solutions.com/erros-que-oa-impedem-de-perder-peso-4/) Características da dieta Paleo Nesta dieta os alimentos que necessitam de tecnologia que os ancestrais não possuíam estão excluídos da dieta, exceto o mel. A dieta paleo pressupõe que o funcionamento do organismo humano não se alterou ao longo de milhares de anos, baseando-se no facto de não haver evidência de mudanças nas enzimas digestivas. Este regime alimentar assenta numa elevada ingestão de proteína animal – que, no caso do gado, tem de ser proveniente de pastagem – fibra, potássio, vitaminas,

Erros que o(a) impedem de perder peso: Restrição alimentar excessiva

Restrição alimentar excessiva: Sim ou não? Uma restrição alimentar excessiva consegue promover o balanço energético negativo (veja o artigo), logo conseguirá promover também uma maior perda de peso e num menor período de tempo. Prós e contras Uma perda de peso rápida, apesar de ser um fator de motivação numa fase inicial, normalmente não é sustentável a longo prazo, não só porque é extremamente difícil manter essa restrição excessiva durante um longo período de tempo e consequentemente manter controlada a chamada “fome emocional”, mas também porque por norma quando existe uma limitação grande da ingestão de alguns nutrientes, sendo o mais comum a restrição no consumo de hidratos de carbono (cereais, arroz, massa, entre outros) que são a principal fonte de energia, começam a surgir alguns efeitos fisiológicos como o cansaço e a irritabilidade ou alterações no humor, podendo até aumentar o stress e a ansiedade. Estes efeitos prejudicam o

Erros que o(a) impedem de perder peso: Produtos embalados – sim ou não?

Os embalados são de uma forma geral escolhidos pelo público por serem práticos e de rápido consumo, mas não são iguais à sua versão original ou ao natural. Põe-se a questão, produtos embalados – devemos consumir ou não? Principal característica dos produtos processados/embalados O processamento de alimentos remonta à pré-história; não existiam frigoríficos nem congeladores, portanto todos os produtos alimentares tinham de ser consumidos no momento ou então já não se encontrariam bons para consumo. A necessidade de armazenar alimentos em fases em que a estação do ano não permitia a caça, a pesca ou a recolha de frutos e legumes, deu início aos primeiros processamentos de alimentos, com o principal objetivo de preservação – guardar para consumir mais tarde. Atualmente os produtos embalados sofrem algum tipo de processamento com o objetivo não só de aumentar a sua durabilidade em prateleira, mas também a sua palatabilidade ou sabor. Pensando num

Que tipos de açúcar existem?

O consumo de açúcar exacerbado tem sido frequentemente associado à cariogénese, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica, aumento de triglicerídeos e esteatose hepática. Nesse sentido, e com vista a reduzir o seu consumo, surgem os substitutos do açúcar: adoçantes naturais e adoçantes artificiais Os adoçantes artificiais são substitutos sintéticos do açúcar comummente utilizados em alimentos como refrigerantes, doces, pudins, geleias, lacticínios. Entre eles destacam-se o Acessulfame de Potássio, a Sacarina, o Aspartame, a Sucralose e o Ciclamato. Não obstante, estes adoçantes possuem um poder adoçante muito superior ao açúcar, não contêm calorias e não alteram as glicemias. Muito embora possam ser utilizados como alternativa ao açúcar no controlo de peso e na diabete, alguns estudos evidenciam que estão associados a efeitos metabólicos adversos, como resistência à insulina, obesidade e desequilíbrio da microbiota intestinal. No que respeita aos adoçantes naturais destacam-se os Polióis (Sorbitol, Manitol, Xilitol, Maltitol), o Agave, o

Mais sabor, Sem sal

As ervas aromáticas, são plantas, que apresentam diversas utilizações e propriedades, conferindo aos pratos sabor, aroma e cor. Devido às suas funções nutricionais elas são um bom substituto ao sal. Estima-se que 30-40% da população da Europa tem HTA (hipertensão arterial) e Portugal não é exceção em relação a esses números. A HTA está fortemente relacionado com o elevado consumo de sal, e estudos apontam que a população portuguesa consome o dobro do sal (a Organização mundial de Saúde recomenda 5g/dia), tornando-se importante a implementação de estratégias para a sua redução, uma delas, passa pela utilização de ervas aromáticas com seu substituto. As ervas aromáticas são boas fontes de proteína, fibras, minerais (cálcio, sódio, fósforo e potássio) e vitaminas (A, complexo B e C) e apresentam benefícios para a saúde como a prevenção de doenças neurodegenerativas, cancro, doenças cardiovasculares e diabetes. Passando agora para a parte prática, onde usar as

Café: Características e os seus benefícios

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo inteiro e já muito se sabe sobre os seus benefícios, inclusive no que diz respeito a performance desportiva. É até à data o suplemento ergogénico com maior nível de evidência científica. E quando falamos de café, falamos obviamente da sua molécula – a cafeína. Esta molécula da família das xantinas é a mais famosa e comum. A cafeína tem a capacidade de estimular recetores adrenérgicos e beta-adrenérgicos que controlam várias funções fisiológicas entre as quais a queima da gordura e o ajuste da pressão arterial. Por ser uma bebida estimulante e ergogénica, o café faz parte da rotina de muitos de nós e é muitas vezes a fórmula certa para uma energia extra. Falando em contexto desportivo, a cafeína é também muito utilizada de forma isolada sob a forma do sal cafeína anidra ou em conjunto com outros compostos, por

Chás, Infusões e suas Características

Chás, Infusões e Decocções: Quais as suas diferenças e como se preparam? O chá é uma bebida preparada através da infusão de folhas, flores, raízes da planta Camellia sinensis, geralmente preparada com água quente. Cada variedade adquire um sabor definido de acordo com o processamento utilizado, que pode incluir oxidação, fermentação, e o contato com outras ervas, especiarias e frutos. Existem diferentes tipos e variedades de chá e várias tradições associadas ao seu consumo. O chá e as tisanas podem ser bebidos ao longo do dia e à refeição. A seguir à água, são uma excelente forma de manter o organismo hidratado, enquanto protegemos o nosso corpo, graças à ação das substâncias antioxidantes. Processamento do chá Os quatro tipos de chá são distinguíveis pelo seu processamento. Camellia sinensis é um arbusto sempre verde cujas folhas, se não são logo secas depois de apanhadas, rapidamente começam a oxidar. As folhas ficam

Gorduras na Culinária: Qual a melhor para fritar?

O termo fritura é entendido como a imersão de um alimento em óleos/gorduras a altas temperaturas. Na verdade, todos os processos que utilizam o aquecimento de uma gordura em crú são considerados fritura (grelhados com pouca gordura, salteados, estrugidos, etc), a partir do momento em que atingem uma temperatura de 180ºC. No que se refere ao modo de confeção, a fritura é um processo bastante complexo através do qual os alimentos sofrem alterações a vários níveis. A fase inicial envolve uma desidratação parcial dos alimentos, em que a água da sua composição e os materiais nela solubilizados são retirados do interior dos alimentos. Já numa 2ª fase, o óleo vai entrar nos alimentos, ocupando parte do espaço deixado livre pela água, o que depende fundamentalmente da temperatura do óleo e do alimento. Um alimento frito terá necessariamente mais gordura, e logo maior valor calórico, que um alimento confecionado de outro modo.